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Com substituição, micro e pequena pagam mais ICMS
Micro e pequenas empresas optantes do Simples nacional pagam cerca de 112% a mais
Micro e pequenas empresas  optantes do Simples nacional pagam cerca de 112% a mais de ICMS devido  ao regime de substituição tributária, mostra pesquisa da Fundação  Getulio Vargas para o Sebrae. O valor considera as declarações de 2009.
O  regime de substituição tributária cobra o ICMS na indústria. Empresas  inscritas no Simples Nacional adquirem as mercadorias sujeitas à  substituição tributária já com o valor do ICMS contido no preço. O  Simples, por sua vez, se propõe a reduzir os impostos a um pagamento.
Com  a substituição, o pequeno empresário deixa de pagar o ICMS calculado  pelo Simples e passa a pagar como uma grande empresa.
Apenas com o  Simples o valor total da arrecadação do ICMS seria de R$ 1,5 bilhão.  Mas, com a substituição, o valor sobe para R$ 3,2 bilhões, ou 112% a  mais.
"Quem vende, por exemplo, óculos em Minas Gerais pagaria 1,25%  de ICMS pelo Simples, mas arca com 9,42% da substituição, ou 653,6% a  mais", diz André Spinola, do Sebrae.
Os mais prejudicados são os  varejistas que vendem para as classes C e D, afirma.
Eles pagam a  mesma proporção de ICMS sobre produtos de menor valor agregado e têm  dificuldade de inserir o ônus no preço, pois competem com o grande  varejo.
Segundo a pesquisa, os Estados perderiam em média 1,45% da  arrecadação se abrissem mão da substituição tributária para empresas  optantes pelo Simples.
 
											 
							
							